Entrevista com Juliano Sasseron, autor de "Crianças da Noite"
Postado por | Categoria(s) Entrevistas , Livros | Postado em quarta-feira, junho 24, 2009
Sim meus amigos! Eu disse que teríamos uma surpresa por aqui, não disse?
Portanto, aí está, uma entrevista com um excelente autor, Juliano Sasseron, que escreveu "Crianças da Noite", livro de que falei no último post aqui no Miztureba.
Ficamos muito felizes com a entrevista. Mesmo que o blog esteja um pouco (muito) parado, esse foi um passo bem grande que demos. E pretendemos dar muitos mais passos assim.
Sem mais delongas, leiam a entrevista que ficou fantástica!
Miztureba: Quando começou sua fascinação por vampiros, demônios e todos os outros seres que são encontrados em "Crianças da Noite"?
Juliano: Desde criança sou fascinado pelo sobrenatural. Gosto muito de mitologia e folclore, e nessas histórias há sempre algum personagem ligado ao oculto. Acho que tudo que é misterioso e inexplicável atrai o ser humano. Além disso, adoro filmes de suspense, jogos de interpretação (RPG), quadrinhos adultos, enfim tudo que nos mete medo.
Miztureba: Quais livros e autores o inspiram a escrever?
Juliano: Posso dizer que praticamente todas as obras que li de uma forma ou de outra acabaram me influenciando, a começar pelos clássicos contos-de-fadas, desenhos, filmes, quadrinhos e animes. Para elaborar um texto é necessário um prévio estudo do tema, o que acaba tendo ascendência sobre minha história. O que faço é tentar evitar ler algo do gênero no qual estou escrevendo. Cito Stephen King como meu grande inspirador.
Miztureba: Você tem um gênero de livro preferido? Se sim, qual?
Juliano: Literatura Fantástica. Neste gênero há elementos inverossímeis, imaginários, distantes da realidade dos homens, assim podemos sair do cotidiano por um momento e viajar em reinos desconhecidos onde o real se mistura com o sonho.
Miztureba: Você está lendo algum livro no momento? Se sim, qual?
Juliano: Estou com uma fila de livros pra ler, na maioria de amigos escritores, mas neste exato momento estou revisando o meu primeiro livro, “ABENÇOADO?”, pois desejo fazer uma nova edição do mesmo.
Miztureba: Qual o melhor livro que já leu? E o pior?
Juliano: Nossa! Essa pergunta é muito difícil. Os livros que conseguem me transportar verdadeiramente para dentro da história merecem meus mais sinceros agradecimentos.
Vou citar alguns, mas não que sejam os melhores que já li: O Hobbit (Tokien), Desespero (King), Harry Potter (Rowling), entre outros.
Quanto ao(s) pior(es), são aqueles que não me transmitem nada. Um exemplo: O Diário de um Mago (Paulo Coelho).
Deixo claro que me refiro às obras, não aos autores.
Miztureba: Você é a favor ou contra aos Audiobooks? Porquê?
Juliano: Sou a favor, desde que feitos com profissionalismo, pois há pessoas que assim preferem, porém sou mais adepto ao estilo clássico de livro.
Miztureba: Além da literatura, você gostaria de enveredar em algum outro ramo das artes?
Juliano: Sim, sou apaixonado por cinema. Adoraria participar da produção de algum filme. Na verdade gosto de todos os tipos de arte, mas como cada um tem seu talento em determinada área, fico na literatura e, quiçá, no cinema.
Miztureba: Como foi o trajeto para a publicação do "Crianças da Noite"? Você já tinha contatos na editora ou teve que "começar do zero"?
Juliano: Como qualquer autor iniciante, tive minhas dificuldades ainda mais por ser muito jovem. Não conhecia ninguém no meio, então tive que correr atrás de tudo sozinho. O texto do “Crianças da Noite” está pronto desde 2005, mas só no meio de 2008 que consegui publicá-lo. Autores nacionais desse tipo de literatura não são vistos com bons olhos pelos editores. Isso é complicado, porém sou teimoso e não desisto. É isso que quero pra minha vida. É esse meu objetivo.
Miztureba: Qual a parte mais difícil no processo de criação e edição de um livro no Brasil?
Juliano: O Brasil está cheio de ótimos autores, mas infelizmente a maioria dos leitores daqui acha que os “gringos” é que sabem escrever. A maior parte desses leitores não possui opinião própria e se deixa influenciar pelo que está na mídia. O mercado editorial brasileiro tem muito que melhorar, mas isso depende dos próprios leitores exigirem livros nacionais.
Miztureba: O fato de você ser jovem e novo na literatura, dificultou o processo de publicação do livro?
Juliano: Muito. Eu até entendo as editoras que preferem não se arriscar publicando novos autores, afinal elas são empresas que giram em torno de números, porém isso dificulta o aparecimento de grandes idéias. Falta tanto as editoras terem mais confiança nos autores do país, quanto (volto a dizer) os próprios leitores exigirem mais livros escritos aqui. Isso tudo é um processo que espero que melhore com o tempo.
Miztureba: Você acha o preço dos livros no Brasil, de um modo geral, acessíveis?
Juliano: Sim, até pela qualidade do trabalho que a maioria das editoras apresenta. É claro que com o preço mais baixo seria melhor, mas temos que ver todo o gasto por trás de um livro. Além disso, livro é um bem durável, o valor pago é bem investido e em termos de quantidade geralmente não ultrapassa o gasto em um barzinho.
Miztureba: Você pretende fazer outras publicações? Talvez uma continuação de "Crianças da Noite"?
Juliano: Sim, como disse estou revisando meu primeiro livro. Tenho também mais duas histórias prontas para um futuro lançamento. Dia 13 de agosto sai o livro “Território V”, uma seleta de contos no qual participo, e a continuação do “Crianças da Noite” está em andamento junto a outros projetos.
Miztureba: Agradecemos muito a sua disposição em responder nossas perguntas, e lhe desejamos muito sucesso em sua vida de escritor. Deixamos este espaço em aberto para você mandar alguma mensagem, à vontade.
Juliano: Muito obrigado pelo espaço. O país precisa de pessoas como você, que batalha duramente pela cultura. Fico grato por isso.
Deixo um recado: “Você, amigo leitor, busque mais. Desfrute de outras aventuras em novos livros. O Brasil está cheio de ótimos escritores. Prestigie a Literatura Fantástica nacional. Quem sabe algum dia ela venha ter o devido reconhecimento e tornar-se um dos gêneros literários ensinados nas escolas
BÔNUS
Pergunta cretina: O fato de ser escritor, ajuda na hora de pegar a mulherada?
Juliano: [risos] ... Nunca usei o simples fato de ser escritor, mas através dessa profissão acabei conhecendo pessoas. Já recebi cantada e certos olhares durante minhas palestras, mas geralmente as garotas são muito novas.
Deixo a dica: quando se lê bastante, acaba tendo um papo melhor e isso influência muito.
Isso ai Julino rsrsrs
(adorei a pergunta cretina)
Juliano disse tudo, não basta apenas nos autores irmos atrás das editoras e preciso que os leitores também queiram ler o que escrevemos.
Parabéns ao Juliano. Sucesso em todos os seus trabalhos.
Bruno Resende Ramos
Olha o juliano aii..
ta ficando famoso..quero ver voce nas paradas de sucesso e bota nois junto..rsrsrs...
abraco boy.Parabens